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Atlético-MG abre captação de R$ 105 milhões no mercado financeiro em operação pioneira entre as SAF's; entenda

Clube emitiu debêntures na Comissão de Valores (CVM); títulos vencem em 2027 e são restritos a investidores profissionais

Atlético-MG abriu a captação de R$ 105 milhões no mercado financeiro por meio da emissão de debêntures na Comissão de Valores (CVM). É a primeira vez que uma SAF usa do recurso no Brasil. Os debêntures são títulos de dívidas emitidos por empresas para a captação de recursos. A informação foi antecipada pelo Valor Econômico e confirmada pelo ge.

 

Os títulos pagarão ao investidor um valor referente ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), mais 3,5% ao ano. Os títulos vencem em 2027 e são restritos a investidores profissionais. O clube não pode se manifestar por conta da norma de silêncio da CVM, e a data limite para divulgação do encerramento da oferta é 29 de março de 2025.

 

Segundo informações enviadas à Comissão de Valores Mobiliários, disponíveis no site da autarquia, os recursos obtidos na captação serão usados para reestruturação da dívida atual do clube e alongar o perfil da dívida.

 

As chamadas “debêntures-fut” são uma espécie particular de debêntures previstas pela lei das SAF’s, de 2021, mas que ainda não tinham sido usadas. Até agora, o acesso dos clubes ao mercado de capitais se dava essencialmente por meio de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).

 

Pelas regras, os recursos desse tipo específico de título de dívida deverão ser alocados no desenvolvimento de atividades, no pagamento de despesas ou dívidas relacionadas às atividades típicas das SAF.

Vejamos ponto a ponto como será este que já deverá ser conhecido como (errejet) RJET – Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado:

A SAF do Atlético

A SAF do Atlético completou um ano em julho deste ano. O clube recebeu o primeiro aporte em novembro de 2023, no valor de R$ 913 milhões. A dívida atual do clube gira em torno de R$ 1,4 bilhões, divulgada no balanço deste ano. A expectativa é de que no fim deste ano, a dívida esteja em R$1,2 bilhões.

 

Desde a implementação da SAF, o clube tem tentado aumentar os recursos de captação. Recentemente, Daniel Vorcaro fez novo aporto de R$ 200 milhões. O FIGA também tenta captação integral dos R$ 100 milhões propostos inicialmente pelo clube. Rubens Menin, sócio majoritário é quem fará esse aporte.

Galo holding

    • 2R Holding SAF (Rubens Menin e Rafael Menin) – 55,74%

 

    • FIP Galo Forte (Daniel Vorcaro) – 26,88%

 

    • Ricardo Guimarães – 8,43%

 

    • FIGA (Renato Salvador e outros) – 8,96%

*Importante lembrar que essa porcentagem são 100% do CNPJ da Galo Holding que detém 75% da SAF. A associação segue com 25% da SAF do clube.

Notícia indicada por:

Carlos Alexandre Miranda
OAB/PR 110.866

Fonte: Ge

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